Blog do Pastor

domingo, 3 de maio de 2009

Estudo no Livro de Jó - Parte 4


"O sofrimento é mau"

Ainda hoje, acredita-se que os justos não podem sofrer. Pelo menos, não por muito tempo. Se DEUS é perfeito, o mundo tem de ser perfeito também. De acordo com esse pensamento, todas as ações sejam boas ou sejam más devem ser recompensadas nesta vida.

Se alguém é vitima de enfermidades ou "falta de sorte", isso é visto como sinal de pecados graves. Essa forma de pensar, no passado, era conhecida como "doutrina da retribuição": Aqui se faz, aqui se paga.

O que vemos no livro de Jó é que associar dor e pecado é desumano. Jó foi conhecido como exemplo de fé e virtude. Mesmo assim passa por aflições sem tamanho. Como explicar a nós mesmos, seres humanos, esse paradoxo? A partir do livro de Jó vamos descobrir que o sofrimento humano exige respostas mais concretas.

Assim, é preciso apresentar um novo ensino capaz de explicar a questão do sofrimento. Se as tragédias não podiam ser atribuídas às falhas humanas, ao pecado do ser humano, como vamos explicar, então? Como a idéia de um DEUS justo poderia ser harmonizada com a realidade de um mundo desigual? Como esquecer que Aqui se faz, aqui se paga e, ao mesmo tempo, lembrar da Santidade de DEUS?

Se é verdade que os justos sofrem, Por que eles sofrem? O que falta a DEUS? Poder ou bondade para tornar as coisas diferentes.? O livro de Jó deve trazer respostas a estas perguntas. Jó não vai se contentar com as soluções simplistas que as pessoas que estão perto dele ofereciam para essas questões.

Existe uma lenda, uma história, que conta que no começo as aves foram criadas sem asas. Sofriam muito para procurar alimento, suas perninhas se feriam nas pedras. Aí, um dia, as aves amanheceram com um peso nas costas. Houve reclamação geral de todas as aves. Eram tão frágeis, suas perninhas e seu corpo. E agora o criador as fazia carregar também esse peso nas costas. Que Criador injusto... Até que uma das aves perguntou-se: Qual a finalidade deste peso nas costas? Ela abriu suas asas novinhas em folha e se pôs a esvoaçar sobre o solo... As primeiras tentativas foram desastradas. Não demorou, então, que a primeira ave adquirisse habilidade. E aí, perante o olhar abismado das outras aves, ela se ergueu às alturas... E, deixou para trás as aflições de uma vida presa ao chão. Foi então que as outras aves entenderam o que havia acontecido. Aquilo que apareceu de modo inesperado, e que parecia um peso sem tamanho, não era uma nova fonte de aflições. Era o instrumento de sua elevação...

O sofrimento sempre se apresenta para nós como alguma coisa desprezível e má. Sempre tentamos escapar do sofrimento a todo custo. É difícil suportar esse sofrimento, essa dor, essa aflição. Mas, no meio da aflição podemos erguer os nossos olhos e perguntar: Existe um sentido maior? Se mantivermos a coragem e a fé, o Senhor nos vai levar a alturas desconhecidas. Ainda que nem todos possam tomar posse deste tesouro incalculável, os que aceitam esse desafio vão decifrar o enigma do Mal.

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